[Contos de Andrômeda] X da noite: Origens - Capitulo 1 : Um novo Começo

Lá estava ele, no cemitério, sozinho, olhando com pensamentos profundos e distantes, relembrando como tudo havia começado, como a vida dele mudou para sempre...





Era um dia frio, estava chovendo fino em Andrômeda, em um Uber, com o rosto recostado em uma janela estava Otávio, um garoto de 22 anos, ele observava a cidade, e imaginava o que viveria ali daqui por diante, uma país novo, uma vida nova, um novo começo.
Otávio é um garoto com o passado conturbado que agora veio para Yuri buscar um recomeço, ele é um garoto magro com poucos músculos que se destacam, seus cabelos pouco longos castanhos escuros, quase pretos, chegam até quase a metade de seu pescoço, sua pele clara contrasta olheiras que ele possui nos olhos castanhos escuros. Seu rosto é fino como seu nariz, em suas mãos veias bem destacadas de sua pele branca chamam atenção. Suas roupas tem um estilo próprio, calça jeans preta, um all star no pé, uma camisa da banda Metallica e uma jaqueta de couro lisa.
O Uber finalmente para em frente a uma pequena casa, padrão americana, sua cor era amarela, com duas janelas e uma porta de madeira em sua frente.
A motorista se vira e mostrou a mão aguardando o pagamento, Otávio perdido em seus pensamentos logo notou que havia chego em seu destino, colocou a mão em seu bolso, pegou sua carteira e deu o dinheiro a moça que aguardava já ansiosa.
Logo ele desceu e notou pegou suas duas malas e sua mochila no porta-malas do carro, ele estava com uma mala em cada mão e apenas com uma alça carregando sua mochila nas costas.
Logo alguém chamou sua atenção.

- Bom dia!

O garoto, balançou sua cabeça tirando a franja que costumeiramente caia na frente de um de seus olhos, ele voltava o olhar para o lado, de onde vinha a voz que chamara sua atenção.

- Novato por aqui? Veio pela Faculdade imagino, já que está aqui no Campus.

Um jovem de não mais de 25 anos se postava a sua frente, diferente de Otávio era um sujeito com porte atlético, loiro de pele clara, seus olhos eram azuis esverdeados, e seu sorriso demonstrava tanta confiança quanto alguém que apostava em algo certo de se ganhar.

- Sim... - Respondeu Otávio - Vim pela Faculdade, vou morar com um amigo meu aqui.

- Ótimo! Seja bem-vindo! - Rapidamente respondeu em alto tom o loiro - Ah! Onde estão meus modos? Meu nome é Jack! Jack Sullivan - Dizia o atleta estendendo a mão em forma de cumprimento

- Muito prazer Jack, eu sou Otávio Neto. - O garoto magro apertava de leve a mão do atleta que fazia questão fazer o cumprimento com firmeza.

- Nome diferente... - Jack levou uma das mãos até o queixo pensativo.

- Sim... Sou do Brasil.

- Ah sim! Tem muitos brasileiros por aqui, vai se sentir em casa! Falando nisso, vou fazer uma festa na minha casa hoje a noite, por que não aparece?

Otávio deu de ombros e abriu um leve sorriso:

- Claro, por que não?

- Ótimo, esse é o endereço, a festa é as 20:00, tente não atrasar.

Jack ria e se despedia com um aceno, se virava e colocava fones de ouvindo, se pondo a correr de forma atlética.

Otávio não conteve um sorriso, parece que as coisas haviam começado bem pra ele, ele tomou as malas em mãos novamente e levou até a frente da porta de madeira, ele bateu a porta e aguardou uns instantes.

Logo um jovem abriu a porta, ele tinha cabelo encaracolado, era loiro, com sardinhas em seu rosto de pele clara, seus olhos eram verdes escuros, seu corpo mais magro que o do próprio Otávio, nenhum músculo a mostra, em seu rosto um grande óculos, que ele arrumava antes de dizer:

- Otávio! Ah! Quanto tempo amigão!

Ele abria os braços e dava um longo abraço em seu amigo de longa data.

- Jean, é bom te ver depois de tantos anos...

Jean pegava uma das malas em mãos e puxava para dentro de casa.

- Venha, entre fique a vontade!

Otávio entrou na casa, e logo Jean fechou a porta, apesar de pequena, era uma casa confortável, havia muitas peças de tecnologia espalhadas por toda casa, era bem bagunçada, um computador grande com luzes de LED que, tecnologias que ele nunca havia visto.

- Ainda trabalhando com a A.S.A?

- Não, eu me pedi pra me mandarem embora, agora só tenho jogado mesmo, como nos velhos tempos. Venha, vou lhe mostrar seu quarto.

Jean levava as malas para um quarto vazio, que não tinha nada além de uma cama, um guarda-roupa e uma pequena mesa com cadeira de computador.

- Eu tenho um PC a mais, depois eu instalo ele aqui pra você.

- Valeu Jean - Respondeu com um sorriso Otávio

- Não se preocupe, agora vai ser um recomeço pra tu, mano!

- Assim espero, mano.

- Bom, vou te deixar a vontade.

- Ah, um cara chamado Jack Sullivan me convidou pra uma festa, conhece ele? Ele disse que erada Faculdade.

- O Jack? Ah cara, ele é o esteriótipo de "cara popular" de qualquer filme americano, ele provavelmente te convidou só pra se sentir mais popular. Eu não vou nem a pau, mas sabe pode ser bom pra você, um ambiente de festa, conhecer pessoas, fazer amigos. Eu mesmo vou ficar aqui jogando. - Jean ria

- Beleza Jean. - O garoto ria também, e começava a desfazer as malas.

Depois de algum tempo ele havia organizado seu quarto, logo em seguida ele tomou um banho e se trocou, vestiu uma camisa agora de outra banda, AC/DC, colocou um coturno preto com uma calça Jeans mais colada preta acinzentada, penteou seu cabelo e saiu do quarto. Jean estava sentado no computador jogando alguma coisa.

- Hey mano! Tenho um presente de boas-vindas pra você.

- Como assim um presente?

- Não vem com essa, tá em cima da mesa, pega e não fala nada além de "obrigado".

Otávio andou até a mesa e lá havia uma chave, de moto provavelmente, ele se virou pronto pra dizer que não podia aceitar e Jean já falava.

- Nenhuma palavra além de "Obrigado".

Otávio se desarmou, soltou o peso do corpo, inclinou o rosto balançando a cabeça e disse com sinceridade:

- Obrigado, mano.

- De nada, agora vai se divertir.

Otávio saiu pela porta da frente, e abriu a porta da garagem, lá estava uma moto antiga ele se sentou nela, a admirou por um instante, ligou a moto sentiu o motor roncar, ele colocou o capacete que estava logo ao lado da moto, sorriu a acelerou, indo em direção a festa.

Chegando a frente do local, cheio de carros, algumas pessoas já bêbadas do lado de fora da casa, ele parou a moto, deixou o capacete no compartimento da moto e pós se a andar em direção a casa.

Era um local ruim para o Otávio, não gostava da música, as pessoas estavam se esfregando uma nas outras, bebendo até cair, ele não durou não muito mais que cinco minutos, logo ele viu uma saída para o que parecia o quintal, como aparentava estar vazio ele foi até lá, fechou a porta, suspirou aliviado, andou um pouco no gramado olhou para o céu, ali tinha uma bela visão das estrelas, logo que sua visão abaixou ele notou alguém sentado a beira de uma fonte de pedra ali, uma garota ruiva, pele tão clara quanto papel, magra, usando coturno, uma calça rasgada e uma camisa de banda, ele não conseguiu enxergar qual. Claro que a garota lhe chamou atenção, ele viu que a garota havia olhada pra ele então ele tomou a iniciativa e foi até ela, em um tom corajoso e destemido ele se apesentou pegando a mão da garota e dando um leve beijo.

- Olá, me chamo Otávio.

Otávio:

Jack:

Jean:

Garota Ruiva: