Andrômeda
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Lamar Peterson
Lamar Peterson
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Qua Jan 27, 2021 4:01 pm
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CAPÍTULO I - LAGOS ENTERPRISE

O voo foi bastante cansativo. Eu havia feito uma escala simples; Londres (ENG), Berlim (ALE) e Andrômeda, Venuza.  Antes de viajar, tive que me despedir de meus pais, eles estavam preocupados, desejavam que eu continuasse meus estudos e fosse lecionar em alguma renomada universidade, Oxford, Cambridge, Harvard, Yale…
Por fim, meus pais compreenderam que eu estava atendendo o pedido de meu avô; que poderia ser bastante persuasivo, quando ele queria. Algumas dezenas de milhões de Yenes e 20% de participação nos lucros da Lagos Enterprise, foram o bastante para me convencer a aceitar o cargo. Entretanto, meu pai detestou a ideia Ele e meu avô não conversavam havia vinte anos, desde que meu avô foi acusado de corrupção e desvios de bilhões através de licitações em cargos públicos em Lesoto; meu pai achou antiético, pegou sua parte da fortuna e partiu para Londres, com minha mãe, ambos já eram geneticistas renomados em Lesoto; chegando em Londres, tornaram-se membros da Royal Society, instituição destinada à promoção do conhecimento científico; ambos tornaram-se ainda mais renomados com o lançamentos de livros como: “Ensaio Sobre a Existência”, "Célula dos deuses” e inúmeros artigos. A manifestação de meus poderes, fez com que eles ficassem um pouco mais reservados e temessem o que isso significava para o mundo, temiam pela minha vida.

Após uma longa conversa, nos despedimos. Pensava em nossa conversa enquanto desembarcava em Andromeda. Eu havia bebido dois Martinis no avião e transei com a comissária de bordo dentro da cabine… Vanessa? Louise? Não me lembro muito bem o nome, porém, quando eu estava alcançando o ápice da relação, meu corpo começou a formigar, e sem querer queimei da comissária que gritou assustado, antes que ela pudesse perceber, inventei uma desculpa, levando na brincadeira; ela simplesmente ignorou e continuamos nos divertindo.

No saguão no aeroporto, havia inúmeras pessoas de nacionalidades e línguas diferentes. Contudo, havia um homem branco, um pouco acima do peso, barba rala, provavelmente 1,50m de altura, usava um terno cinza riscado; se fosse chutar, diria ser um  Yves Saint-Laurent, o rapaz que segurava uma placa com meu nome escrito “Sr. Lamar Peterson”. Dirigi-me até o rapaz.

“Acredito que sou eu, quem procuras.” - disse para o rapaz, estendendo minha mão direita - “Sou Lamar Peterson.”

O homem parecia um pouco nervoso, mas rapidamente, acenou e respondeu o aperto de mãos.

"Que aperto de mão quente! É um prazer enorme conhecê-lo, senhor Peterson. Sou um grande fã dos artigos de Dr. Mamohato e Dra. Senate, eles são maravilhosos.” - disse apressadamente - “Sou Ralph Gamp, serei seu assessor na Lagos Enterprise. Fui assessor de Letsie Peterson, seu primo. Grande Homem!”

“Letsie foi um homem bastante querido.” - ponderei - “Contudo, nada dura para sempre. Antes de me instalar em Andrômeda, quero ir até o prédio da Lagos Enterprise. A última vez que estive aqui, foi há dez anos.”

Saímos do Aeroporto de Andrômeda e entramos dentro do carro. Enquanto seguíamos pela cidade, Ralph me contava como a cidade havia tornado-se perigosa com o acúmulo de novos super-humanos, como forma de contenção, o governo pôs Vespas Drones, que localizavam super-humanos, e uma Elite de Caca, para que perseguisse esses novos seres. Certamente, eu já tinha ciência no que me aguardava em Andrômeda; para que eu tivesse poucos problemas com as Vespas Drones, meus pais projetaram um refrator inserido dentro de meu relógio - algo que deixava-me parcialmente 'invisível' para as Vespas Drones. Esse item, havia sido bastante útil em Orion, quando foi palestrar no último ano. Sinceramente, acreditava que tais países eram retrógrados. Até mesmo em Londres, eles não tinham tanta fixação com os super-humanos.

Havíamos chegado no prédio, um prédio enorme, espelhado e no topo o símbolo de um leão com seus dentes afiados e uma coroa negra. Bem-vindos a Lagos Enterprise, a maior empresa de Siderurgia e Metalurgia do Oriente. Em relance, haviam dois drones rodeando-nos e um deles pairou pela minha cabeça - será que o dispositivo havia falhado? - pensei comigo mesmo. Minha mão começou a esquentar. Contudo, em um lapso o drone saiu. Respirei aliviado.

“Estranho. Eles quase não pairam sobre nossas cabeças." - comentou Ralph - “Certamente, se fosse um Super, a Elite de Caca teria-o parado no Aeroporto mesmo.”

“Acha mesmo que sou anormal?" - perguntei em tom cômico - “Suas únicas preocupações comigo serão em relação aos negócios da Lagos Enterprise, sou um milionário, mas pretendo tornar-me um bilionário conforme os anos. Mesmo que o preço, seja viver nessa cidade maldita.”

Continuamos caminhando. Subimos até o vigésimo quinto andar, o último. Haviam inúmeras pessoas trabalhando, Ralph e eu fomos até a sala de reunião. A reunião no conselho ainda não havia começado - talvez estivessem me esperando. Estavam todos assentando em torno de uma mesa oval metálica, com o símbolo da empresa no meio.

“Senhor Peterson. Seja bem-vindo, a Andromeda.” - disse um com velho com semblante simpático, cabelos grisalhos, olhos negros, e tom de pele escura; pelo sotaque parecia ser nigeriano - “Nos dá Lagos Enterprises estávamos ávidos por sua chegada. Somos seu Conselho Deliberativo.”

Assentei a minha poltrona. Rapidamente Ralph me trouxe água.

“A Lagos Enterprise em Andrômeda representa 30% dos lucros anuais da empresa em geral. Contudo, tem sido a mais custosa para os nossos cofres. A aparição de alguns super, tem sido um problema para a empresa. Dois de nossos depósitos de metais foram roubados por alguns deles.” - disse Peter Brown

“Nossos problemas iniciaram-se desde que seu primo, Letsie, passou a investir em ativos no governo, para o Projeto de Tecnologia Anti-Super.” - disse outro conselheiro - “E viemos aqui, para saber, se daremos continuidade ou não… Já que 51% dos votos e seu, qual seu posicionamento, Sr. Peterson."

Jamais tive orgulho de meus poderes, ou melhor, sempre tive medo do que poderia ocorrer, mas também sabia que se um projeto anti-super fosse aprovado, seríamos uma das empresas pioneiras, e isso geraria bilhões de Yenens. A escolha me parecia óbvia. Olhei atentamente para meu relógio, e me perguntei, por quanto tempo ainda conseguiria me esconder dos drones, da Elite de Caca, ou melhor, de mim mesmo.

“Cavalheiros, Damas, viveremos uma Nova Era em Lagos Enterprise. Investimos em Metalurgia, Aço, por mais de dois séculos; acredito que podemos direcionar nossos métodos para pesquisa em melhor tecnologia. Eu aprovo o Projeto Anti-Super, e renomeio-o para o Projeto Letsie." - disse olhando para todos os diretores, que aplaudiram satisfeitos.

Assim que concluí minha fala, dei por encerrada a reunião. Eu estava exausto da viagem. Entrando no carro, havia algo estranho em meu banco de trás. Um dos livros de meus pais chamado: “Manual Prático Genético" é um clássico, contudo, dentro dele havia um cartão branco e nele estava escrito. “BEM-VINDO SR. PETERSON, SEI MUITO BEM QUEM TU ÉS.”

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