CAPÍTULO II - SENSACAO

Entrando no carro, havia algo estranho em meu banco de trás. Um dos livros de meus pais chamado: “Manual Prático Genético" é um clássico, contudo, dentro dele havia um cartão branco e nele estava escrito. “BEM-VINDO SR. PETERSON, SEI MUITO BEM QUEM TU ÉS.”

...

Um grande desespero bateu em meu coração. Mas não iria ficar pensando nisso. Poderia ser qualquer coisa, ou pessoa. Por um demasiado descuido, eu  havia esquecido minha pasta no quinto andar do prédio, quando estava supervisionando o Departamento de Pesquisa. Neste mesmo instante, disse para o motorista aguardar, pois, iria voltar para buscar minha pasta. Caminhei do estacionamento até o prédio.

Ralph ainda estava no saguão, ele parecia animado, conversava com as secretarias - certamente estava gabando-se e flertando com as duas asiáticas. Assim que me viu, ajeitou seu corpo rapidamente e imprimiu um feição mais séria, tentando manter-se em postura, recompondo-se em pé.

“Sr. Peterson? Aconteceu alguma coisa?” - disse rapidamente.

“Fique tranquilo, Ralph, estou apenas indo buscar minha pasta.” - disse - “Ela tem algo que preciso.”

Assim que disse, segui meu caminho. Entrei no elevador e aguardei. Em menos de 2 minutos, já estava com a pasta na mão. Ainda conversei com meu Dr. Lorren Reeds, um velho amigo dos meus pais; hoje ele era Diretor-geral de Pesquisa da Lagos Enterprise, contudo, ele estava essa semana em Andrômeda para supervisionar a aplicação do recém-nomeado PROJETO LETSIE. O Dr. Lorren tinha duas filhas, sendo uma delas, minha ex-namorada, a modelo Bella Reeds, que encontrava-se em São Paulo a trabalho. - mas isso é papo para outro capítulo.

Entrei novamente no elevador e encontrei-me no saguão, eu havia combinado com o motorista de me encontrar na porta do prédio. Entretanto, havia um problema, cerca de cinquenta policiais encontravam-se na portaria do prédio. Todos com aparelhos na mão. Neste mesmo instante, dois seguranças da Lagos Enterprise se aproximaram, entre eles estava Ralph preocupadíssimo.

“Sr. Peterson, os drones fizeram registro de um super-humano dentro do prédio.” - disse assustado.

“Um super-humano? Você sabe o perigo que isso representa?” - disse para Ralph fingindo medo. No mesmo instante, olhei para o dispositivo, e percebi que ele estava desligado. Ele precisava ser carregado de 9 em 9 horas. Ele estava  desde Londres sem carregar. - “Preciso sair daqui.”

“Os agentes estão fazendo o escaneamento obrigatório. Posso garantir que o senhor faça, previamente." - disse um dos seguranças. Ralph acenou com a cabeça concordando.

“Agradeço a preocupação. Mas como um homem justo, acredito que devo fazer o necessário, entrarei na fila e farei como todos.” - disse para Ralph e os seguranças.  - “Realmente Venuza e um pais bastante atrasado. Fazer escaneamento em prédios empresariais? Sou o CEO desta empresa, nossa sede em  Maseru, Lesoto, tomará as atitudes cabíveis. Ninguém pode entrar em nosso prédio e constranger nossos funcionários dessa forma.”

Ajeitei meu terno preto, e entrei na fila para ser escaneado. Meu pensamento inicial era manter a calma. Eles jamais poderiam me matar, se porventura, tirassem de mim a empresa, outro primo assumiria meu lugar e os negócios da família; e quanto minha fortuna, ela estava segura no Barclays Bank em Londres, pelo menos, em Londres as leis eram mais flexíveis para super-humanos. Contudo, não queria perder essa oportunidade, de continuar em Andrômeda, seria a oportunidade de passar de um mero playboy acadêmico, para um self-made man. Mas com o PROJETO LETSIE, eu me colocava na contramão da evolução, lutando contra minha própria espécie.

Faltavam mais três pessoas, para que eu pudesse escanear. Haviam 4 soldados, da Elite de Caca, e alguns Drones. Lembrei-me da primeira vez que meus poderes se manifestaram, cinco anos atrás, queimei metade no meu quarto. A pirocinese, permite o controle e criação de fogo com movimentos gestuais ou com a mente. Um dos soldados da Elite de Caca estava fumando, e assim que sua brasa havia acabado, o tolo acendeu o isqueiro. Eu podia facilmente sentir a presença do fogo a cinco quilômetros de distância, sua temperatura absoluta e até mesmo localizar.

Ainda tinha duas pessoas na minha frente. O local era perfeito, no ponto cego da câmera de segurança. Esperei até o último instante. O soldado acendeu o cigarro, assim que seu dedo escorregava para desativar o isqueiro. Com um simples movimento dos dedos indicador e médio, dentro no bolso, maximizei a extensão do fogo e lancei sobre o rosto do Soldado da Elite de Caca, seu rosto carbonizava e o cheiro de pele queimando era horrível, os outros soldados assustaram-se e correram para auxiliar o rapaz, contudo, com outro simples movimento dos dedos, aumentei um pouco mais a extensão da chama e queimei os drones, e outro soldado que também morreu carbonizado. Devido a euforia geral, outros funcionários começaram a correr para fora no saguão do prédio. Outros soldados chegaram tentaram conter o povo, mas o estrago já havia sido feito. A chama continuava a queimar, e para forma de distração, fiz com que a chama tomasse uma forma humana - sem rosto -  e assim como um super, fiz com que ele subisse aos céus, em um aspecto de fuga.  Todos saíram do prédio.

Os scanners continuavam apitando, talvez pela minha presença, ou de outro super presente no local. Rapidamente, dois seguranças aproximaram-se de mim, e me conduziram para meu carro. Os outros diretores no Conselho Deliberativo foram escoltados por nossos seguranças até seus carros. Eu fingi estar em choque. Os Soldados da Elite de Caca, lamentavam a perda de seus dois companheirxs. Todos ficaram admirados pela aparição no suposto super-humano, em forma de fogo, que subiu aos céus. Enquanto caminhava até minha casa, lembrei que meu objetivo era buscar a pasta. Assim que abri, haviam mais quatro dispositivos. Instantaneamente acoplei-o ao meu relógio. Eu deveria ter mais cuidado, se for viver entre os Venuzeanos.  Seria este um ótimo primeiro dia, em Andromeda. Eu estava exausto, com as mãos ainda formigando. A última vez que usei meus poderes dessa forma foi dois anos atrás, quando matei dois potenciais estupradores em Londres.

Peguei meu celular e liguei para Ralph.

"Olá Ralph. Quero que escreva uma nota de repúdio ao Estado e comunique aos meio de impressa. Que a Lagos Enterprise abomina toda e qualquer atividade coercitiva aplicada pela Elite de Caça, e que estamos desenvolvendo um soro anti-super e que para isso, utilizamos demasiados genes super para criar uma vacina de cura. Talvez isso, tenha confundido os drones. Em nosso contrato em Venuza, estabelece regras bem restritas de privacidade, e nossos lucros, representam uma fatia considerável do Produto Interno Bruto da Venuza, apenas diga-os que fiquem fora de nossos negócios. Contudo, diga-os de uma maneira mais educada. Sei que irão compreender. E em relação ao "super-humano"  que queimou os soldados... Diga que não é nosso funcionário, e que eles podem verificar no sistema de câmeras, que o ser não saiu de nosso prédio. Se quiserem, deem acesso ao nosso sistema de câmeras." - assim que finailzei, desliguei o telefone. O dia mais longo do que eu imaginava.

(NPC) - Agnes ( O Encapuzado)

- Senhor, você não pode passar...- Dizia o homem, Agnes virava para ele, sua mascara branca escondia seu rosto, entre as fendas oculares da mascara, o soldado via alguma coisa.

- Qual seu nome ? - Perguntou varias vozes para o soldado que estava paralisado.

- Bre....Brendon...

- Você não nos viu, você nos liberou a passagem a passagem. - As vozes intercalavam de agudas para grossas.

- Pode passar...- O soldado estava pálido como um cadáver.

   Agnes andou em direção do fogo e viu Lamar sair do prédio com seus seguranças. No momento não podia chegar perto, mas vê-lo era a missão.

- Já foram DOO..is- As vozes se contorceram enquanto falava.

  Consequência : O Prédio esta sobre comando do Governo de Venuza até segunda ordem, porém, ganhou +1 ponto de Inteligência. (Obs: A Cura para as habilidades não existe e não poderá ser feita ate segunda ordem).