Hellen e Thomas - Andrômeda
Sex Ago 13, 2021 12:12 am
Hellen e Thomas
O céu de Andrômeda nunca esteve tão claro. Uma calda de cometa dourado se arrastava pela escuridão do espaço interestelar. Um dia que ficará marcado para a história da humanidade. Bilhões e trilhões de microscópicos fragmentos do cometa bombardeia a Terra. Enquanto o cometa dava vida para as estrelas, um casal apaixonado se entrelaçam sobre a cama. A janela da casa estava aberta e a luz natural iluminava seus corpos nus. Ele, por cima de sua companheira que o abraça com suas pernas incrivelmente magras, se chama Thomas. Ela, Hellen. Ambos jovens, um de 23 e ela de 24.
- Thom...- Hellen parou por um segundo, admirou os olhos incrivelmente acinzentados e brancos de seu namorado. Mesmo não podendo vê-la. Thomas sorria.
- Sim, meu amor?
- Promete que quando ficarmos bem velhinhos, você não vai deixar de ser esse homem incrível para ser rabugento?
Thomas riu. Tentou se manter sério diante a pergunta. Beijou por entre seus seios enquanto dizia:
- É claro, impossível ser rabugento quando tenho motivos para sorrir todos os dias.
- Motivos ?
- Você. Eu poderia dizer todos os motivos, mas faltariam palavras no vocabulário para te elogiar.- Hellen não disse nada, apenas o puxou para beija-lo.
*~ 4 meses depois~*
A lua estava minguante. Um pouco de nuvens cobriam o pouco que estava brilhando essa noite. Um frio gelado e respiros que criavam nuvens de calor saiam de suas bocas. Hellen e Thomas estavam caminhando de volta para casa. Ela usava uma jaqueta vermelha com capuz de pelinho, touca rosa com pompom branco no topo da cebola, luvas vermelhas e uma bota de cano longo. Thom vestia uma jaqueta corta-vento preta, calças de moletom cinza e uma touca preta, sem luvas.
- Eu não pedi para você trazer luvas amor ?
- Você pode aquecer minhas mãos.- Thomas falava olhando para frente e sorrindo.
- Nem pensar, coloque elas no bolso.
- Aí como vou segurar suas mãos?
- Vem, estamos quase em casa.
- Eu sei.- Respondeu Thomas.
- Como ?
- Estamos na rua Sargi, passando pela loja de conveniências, eu sei por que, no fundo da loja eles têm um relógio de ponteiro.
- Você consegue escutar os ponteiros?
- Vantagens de ser cego meu amor, além disso, tem alguém atrás de nós ?- Perguntou Thomas. Hellen se vira para dar uma olhada, apenas uma rua vazia, iluminada por luzes amarelas dos postes.
- Não meu amor.
Ao entrarem em casa. Hellen acendia as luzes. Thomas entrou logo em seguida e fechou a porta. Uma música tocava. Vinha do celular de Hellen. Uma música calma, lenta. Thomas sorriu e se preparou. Hellen passa seus braços sobre os ombros de seu marido. Ela a segura pela cintura e começam passos lentos pela sala. Ela deita a cabeça sobre os ombros dele. Seus corpos balançam de um lado para o outro calmamente. Mechas de seus cabelos cacheados ondulados caem sobre seus olhos castanhos. Ambos sentem um vento vir da cozinha.
Hellen caminha até lá, Thomas seguia seus passos. A janela estava aberta.
- Você esqueceu a janela aberta ?
- Hellen...chama a polícia...- De repente alguém acertava um soco no rosto de Thomas. O homem caia no chão, batendo com suas costas na parede. Hellen se assusta e tenta ver o que bateu nele. Alguém segurava seu braço, mas não tinha nada ali.
- O que é você ?! Saia! Me solte!- Hellen gritava tentando se soltar. Outra mão passava pela sua naquela.- Me solte!
Thomas se levantou e pulou seja lá o que estivesse segurando Hellen. Ele sentou um homem. Sabia ser, pelo porte físico que segurava.
- Quem é você ?- Thomas gritou levantou um soco nas costelas. Tentou revidar acertando um soco no homem invisível.
- Thomas ? O que ? - Ela via sangue voar no chão da cozinha, mas Thomas não estava sangrando.- Um Super-Humano?
- Hellen! Você vai precisar usar seus...- Thomas levava soco no queixo e caia para trás. Cuspiu sangue no chão ficando se barriga para baixo. O Super-Humano pegou uma faca e subiu com seu joelho sobre as costas de Thom, puxou seu cabelo, e coloco a faca na posição de sua garganta.
- PARE!- Gritou Hellen. A palma de suas mãos estavam brilhando roxo escuro.
- Veja só...- O super-humano aparecia, saia de sua camuflagem. Um homem careca com tatuagens na cabeça e dentes negros aparecia.- Se fizer qualquer coisa eu mato ele!
- Hellen... faça!
- Thom...- Hellen tremia. Lágrimas rolavam pelo seu rosto.- Não da... não dá!
- Hellen, agora!
- Há há há ! O que vai ser ? Eu só quero brincar um pouco com você, deixa eu ver o peitinho...
- Thom...eu não consigo controlar e se você...
- Hellen... está tudo bem, eu vou manter a promessa...- Enquanto Thomas falava, a faca ia se aproximando lentamente em sua garganta na visão de Hellen. Ela gritou. Um segundo pareceu durar um minuto. Suas mãos púrpuras brilharam ainda mais. Não conseguiu ouvir o que os lábios de Thom diziam, mas sabia o que era. " Eu ", " Amo", "Você".
Os dois sumiram. Seus corpos se transformaram em pó roxo e somem como neve que derrete. Nenhum vestígio. Hellen caia de joelhos. Coloca ambas as mãos no chão. Seus cabelos caem em direção ao chão e começa a desabar em choro.
-"Hellen."- Uma voz no ar a chamava. Quase que imediatamente ela se levantou.
- Thom!- Não havia ninguém. Em outro plano, na mesma casa. No mesmo horário. Thom estava parado, sozinho. Procurava por Hellen.
- Amor?...Hellen!
- Thom?- Perguntou a mulher saindo de casa. O homem escura barulhos na rua com sua super audição. Correu para fora e não sentia Hellen. Ambos estavam no mesmo lugar, em planos diferentes.
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