Cenário: Relíquias do Fim

     Um enorme livro, velho, surrado, manchado pelo tempo, maior que uma bandeja, do tempo da idade média. A batida sobre a mesa de madeira levantava uma nuvem de poeira. As páginas eram iluminadas por um orbe de luz flutuante da mão de uma jovem, de cabelos negros, lisos até a metade das costas, usava um colete preto sobre uma camisa social branca, calças jeans e sapatos de couro. A pessoa que folhava as páginas surradas do livro era um velho, dono de um antiquário em Andrômeda.

- Esse livro não está a venda.- Dizia o velho.

- Não preciso do livro, preciso do que está escrito nele.

- Certo, o que você me pediu está entre essas páginas velhas. Sabe porque ele ainda não esfarelou?

- Por que o papel é de pau-brasil?

O velho balançou a cabeça. Continuou folhando as páginas, uma de cada vez.

- Ele não se desfez ainda, porque as páginas, contém magia, o conteúdo escrito nelas jamais será perdido.

- Uau isso é um feitiço muito útil.- Dizia com um tom sarcástico e de olhos revirados.

- Não, é um feitiço, é uma maldição. A pessoa que escreveu esse livro, esperava voltar a vida e encontrar o livro inteiro. Ele contém os segredos do mundo, de todos os mundos e das relíquias da qual você me perguntou.

  A moça continua desacreditada do papo de magia do velho. Ela deixa a orbe de luz flutuando para iluminar aquele ambiente escuro com pouca iluminação. Lá fora a noite se estendia por Andrômeda espalhando escuridão até o centro da cidade que nunca se apaga.

- Certo velho e como vai saber que eu não sou ele?

- Porque eu sei. Certo, achei. As Relíquias do Fim.

- Uau outro nome muito assustador, deixa me ver...- A orbe se realocou sobre o livro, os cabelos da moça caiam sobre seu ombro direito. A página estava com escrituras desconhecidas e 5 desenhos familiares pintados de uma cor tão escura que não se enxergava nada a não ser a figura.

- Eu avisei, as relíquias do fim são reais e estão espalhadas pelo mundo e somente esse livro ensina como usá-las. Se Belmer ressuscitar, ele irá encontrar esse livro e trará o fim para tudo.

- O que está escrito?- A moça perguntou.

- Não posso dizer...mas, a Coroa do Fim da ao seu dono a capacidade do controle absoluto, tudo que há vida DEVE obedecer eternamente o dono da coroa, o Colar do Fim da ao seu dono a capacidade de andar pela dimensão fim, ele não se encontrará em nenhuma existência e poderá viajar através das realidades multitemporais e dimensionais. O Anel do  Fim da ao seu dono a capacidade de observar o tempo de vida de tudo que há vida, além de te revelar  seus pensamentos. O Cajado do Fim da ao seu dono a capacidade de criar qualquer matéria de qualquer proporção e a Moeda do Fim da ao seu dono a capacidade do conhecimento total, além de poder prever o futuro até o fim dos tempos.

- Meu Deus. E eu achando que os Super-humanos e Garças Douradas eram um problema. Me diga velho, o item roubado no museu era um dos itens?

- Eu temo que sim. O dono do museu não fazia ideia do que era e expôs para o mundo, se ele caiu em mãos erradas, eu temo que o fim esteja próximo, para todos nós.

- Certo, eu vou recuperar o Colar do Fim, ou seja lá o que for isso e o deixaremos em um lugar seguro. Se o que você me diz for verdade e esses itens "mágicos"...- Faz aspas com os dedos.-...forem reais, o mundo está correndo sério perigo. Você sabe onde...

- Não sei.

- Como você...

- Eu só sabia.

- Isso tá...

- Vá Aliny, encontre o colar e proteja com sua vida.

- Você sabe o meu nome?

- Não temos tempo. Vá!

  Aliny virou-se, seus cabelos voaram em uma balançada horizontal e seguiu a saída. Após abrir a porta e o sininho antigo de aviso tocar, o velho fechava a loja.

- Foi um prazer conhecer você Aliny.- Dizia o velho olhando a moça ir embora. Em sua mão direita, um anel negro com uma aura roxa cintilante brilhava em seu dedo anelar.