(NPC) - A Origem da Luz

Um forte trovão acordava o cachorro. Edd o cuidava desde filhote, talvez alguém tivesse jogado ele dá ponte enquanto Edd se aquecia de baixo da mesma. 
  Assim que a noite chegou e a pancada de chuva passou. Um céu estrelado se mostrou de trás das nuvens, que eram bem poucas. Não havia lua naquela noite, mas havia muita luz natural. Um cometa, um longo e belo cometa, de coloração dourada, dava um espetáculo no céu. 
Edd estava em uma pequena colina, dava para se enxergar muito bem o cometa, e mais a longe, as luzes da cidade. Alguns dias depois, Edd estava apanhando em algum beco da cidade. Seu cachorro estava amarrado em um poste latindo enquanto um homem ruivo segurava Edd e o outro de cabelos castanhos ondulados socava a barriga do moreno que apenas cuspia sangue. 
  Ao conseguir bater sua cabeça contra o nariz do ruivo, Edd soltou-se, desferiu um soco no rapaz que o socara a alguns segundos. Ele segurou o soco de Edd. O negro não pensou muito até tentar dar um segundo soco. O outro homem ao tentar bloquear, quebrava o pulso tentando segurar o golpe de Edd. 

- Aaaaah, você quebrou meu pulso maldito...- Edd o desferiu mais um soco, dessa fez, o homem foi jogado contra a parede do beco. O ruivo com o nariz sangrando, também levou um soco, mas ele, acabou atravessando a parede com a força do impacto. Todos do mercadinho que teve sua parede derrubada, começavam a encarar Edd. 

- Ele é um monstro!- Gritou o homem de cabelos castanhos e começou a correr. Sons de polícia começaram a ser ouvidas por Edd. Sem perder tempo, o homem desamarrou seu cachorro, o pegou no colo e começou a correr. Atravessou a rua correndo até ver que já era tarde, o homem se jogou na frente de um caminhão de lixo. O impacto jogou Edd contra a traseira de um carro vermelho. Por incrível que pareça, não sentiu a força do impacto, mas seu cachorro não resistiu. 

- Não... não não não!- O homem abraçava seu cachorro sem parar, enquanto o homem do carro saia para começar a xingar o rapaz. Tomado por raiva, com sua mão direita, soltou seu cachorro e desferiu um soco no homem do carro, ele simplesmente atravessou a rua voando até atingir um prédio. A força do soco foi tão grande, que uma pequena onda de choque se formou. Não pode deixar de ser alvo de fotos, vídeos e de plateia. Até mesmo a polícia estava parada o olhando, todos impressionados com o que acabaram de ver. 
  O homem fugiu, correu entre as pessoas que morriam de medo. Algumas saiam de sua frente, outras não paravam de filmar. Edd se afastou tanto da cidade, quê chegou a uma antiga fábrica, a Fábrica Halley. Entrou, estava triste, confuso, com raiva, até que uma voz suave o chamou. 

- Edd.- Dizia uma mulher. 

- O que ?! Quem está aí? Como sabe meu nome?- Pegava uma barra de ferro enferrujado do chão. Até perceber ser uma senhora negra, de olhos pálidos e cabelos dreads caídos para trás. Ela vestia uma camisa de couro branca,e uma saia fina cinza. 

- A gente ainda não se conhece, mas você é o homem que irá impedir Dris e os 10 Anômalos. 

- Me desculpa, mas, eu não sei do que está falando. Quem são os 10 Anômalos? 

- Eles ainda não existem, mas irão, e você tem o poder para impedir Agnes. Você irá ser derrotado, mas, eu vejo, um homem, tão cego quanto eu, cercado de mentiras e de luxo, vai erguer você. E aí sim, derrotará o ser maligno. Agnes. 

- Moça, eu não estou te entendendo. Da para você falar algo que faça sentido? 

- Você foi afetado pelo cometa, agora é um Super-Humano.- Respondeu a mulher. 

- E quanto a você ?- Perguntou Edd indo até o encontro da mulher no meio do galpão. Suas vozes ecoam pelo vazio do espaço daquele lugar.

- Eu não sou uma Super-Humana, eu sou assim desde sempre. Me tiraram a visão do presente, mas me deram a visão do futuro.- A mulher estendeu a mão para Edd.- Se ficar comigo, podemos juntos tornar esse mundo um lugar melhor...


- Luz da Manhã...você não vai conseguir derrotar todos, sozinho.- Dizia a Profeta, ajoelhada no chão, em sua volta, vários homens, mulheres e crianças. 

- Eu preciso arriscar! Por eles, pelas pessoas de nossa cidade e por você.- Luz da Manhã virou-se de costas, indo em direção ao grande portão. - Aliás, Profeta, quando eu voltar, eu prometo que levarei você para o mar. 

-...- Não dizia nada, apenas continuou olhando para o vazio com seus olhos pálidos. Luz da Manhã então saiu.