Andrômeda
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Gaius Drummond
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O mistério do 869 Empty O mistério do 869

Seg Fev 15, 2021 11:57 am
Gaius Drummond


Já era mais de meia noite. Gaius dirigia a pelo menos uns quinze minutos, estava numa avenida expressa indo em direção a rodovia, sentido interior. Lucila ia no banco de trás cuidando dos ferimentos de Zak com os suprimentos que pegaram no caminhão do corpo de bombeiros.

- Olha, não vou parar no hospital. Acho que pode ser perigoso pra ele ficar lá. Irão desconfiar que fomos nós que atacamos a anômala e com certeza vão achar um jeito de incrimina-lo pela destruição que fizemos na rua. As leis podem ter mudado mas a pressão e a influência que os ricos da Zona Diamante têm ainda não mudou. Acredite, sei o que estou dizendo.

Parou no semáforo entre as avenidas Sextans e Sculptor. Zak continuava desacordado. Cinco carros de polícia passaram por eles, iam em direção ao local da luta. Gaus subiu o vidro da janela do motorista pra não ser reconhecido. O semáforo abriu e continuaram seguindo o caminho.

- Já que estamos no mesmo barco, acho que preciso me abrir um pouco pra vocês, - olhou para o banco de trás e viu apenas Lucila consciente -  ou apenas para você no caso. Quando fui sequestrado pelos super-humanos e me levaram para a antiga fábrica Halley, acredito que tenha visto essa notícia circulando por aí, havia um grande grupo de super-humanos refugiados lá e uma mulher cega, que a chamavam de A Profeta, parecia ser a líder ou mentora deles. Ela dizia que eu precisava libertar um tal de Luz da Manhã... foi quando a Elite invadiu e começou o massacre. Eu vi coisas horríveis, Lucila, coisas que eu nunca queria ter visto. Crianças sendo mortas sem piedade e o pior foi que eu tive que mentir para sobreviver também... Este último mês têm sido um tormento. Não sei por onde começar a procurar esse Luz da Manhã e libertá-lo. Você o conhece? - fez uma pequena pausa para beber água de uma garrafa. Haviam acabado de entrar na rodovia - Hoje a noite recebi um áudio estranho. Deixe eu te mostrar. - pegou o celular e iniciou a mensagem de áudio:

"869.........Gai........Interferência.......us.......alguém?.......interferência......Sou eu......Interferência....... É 869.........Interferência........a Violety".


- Ouviu? Sabe lá Deus o que isso quer dizer mas o estranho deste áudio é que a tal Violety foi uma das minhas sequestradoras e eu a vi morrer. Eu pesquisei sobre o número citado no áudio, 869, e encontrei uma notícia do dia 18/03 que diz o seguinte: "De acordo com nossos representantes da emissora. Um sinal estranho está atrapalhando as bússolas e os sinais de rádio, TV e telefones. Muitos estão investigando, mas o sinal vem da direção das Zonas Rurais". Há outra do mesmo dia que ainda fala assim, "Muitos estão se perguntando, o que é esse 869? Quem está transmitindo isso? Por que essa mensagem está nos rádio, nos celulares e na tv? as autoridades e a inteligência de Venuza ainda não sabem ao certo. Mas, estão convocando os Governadores dos 12 estados para uma reunião de emergência, para buscar uma resposta com a nova Administradora Geral Sarah Blake e a própria presidente Emma Garden". A última que encontrei é esta aqui: "No final dessa noite, 8 corpos foram encontrados mutilados na Zona Rural de Andrômeda. A policia investiga possível animal selvagem na região, ou o trabalho de algum super-humano. Os corpos não foram identificados e foram encontrados pelas plantações e alguns até dentro de suas casas, os moradores estão assustados e a policia está mantendo vigilância constante". Sei que pode ser loucura, Lucila, mas se Violety de alguma forma sobreviveu ao ataque da Elite de Caça e agora estiver em perigo eu preciso ajudá-la. Não peço para que venha comigo. Conheço dois amigos que moram na região rural e posso deixar você e Zak na casa deles até ele melhorar, mas eu vou tenho que ir atrás de uma reposta.

- Alice... Lucila... - gemeu Zak, ainda inconsciente.

- Pelo visto alguém está tendo um bom sonho. - comentou Gaius - Vamos animar um pouco essa clima de luto - sintonizou numa rádio e começou a tocar Say It ain't so, Joe. O senador começou a cantar - Say it aind't so, Joe please. Say it aind't so. Thats not what I wanna hear Joe and I've got the right to know...

Música: Say It ain't so Joe:

Com o passar do tempo e com a aproximação da Zona rural, o som do rádio começava a falhar.


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Seg Fev 15, 2021 2:25 pm
(Cenário)


    Os grilos e libélulas cantavam a noite estrelada. Vagalumes sobrevoam as plantações em uma sintonia de pisca-pisca. De repente o silêncio da noite era interrompida por um barulho estridente de helicóptero que sobrevoa uma espécie de cerco militar. Os soldados estavam com a bandeira de Venuza estampado em seus ombros. Eles cercavam uma pequena casa de madeira. O cerco era de um enorme raio de distância. A distância era de 9 metros. 
   Ninguém conseguia se comunicar pelos rádios e telefones próximo à região. Qualquer tecnologia não era exatamente precisa ali. Bússolas e relógios também estavam confusos

- Senhor...- Um soldado prestou continência para um homem que estava sentado. Deveria ser o general ou capitão do esquadrão

- Dispensado. Qual o relatório? 

- Senhor, os níveis de radiação estão em 0, qualquer categoria de substância ou qualquer outra que poderia estar causando isso também estão em 0. Então...isso confirma... é um Super-Humano.

- Ótimo, esperem ele sair...assim que preciso...atirem...

- Mas senhor...as leis...

- Eu estou pouco me fodendo para as leis...a Skylight foi feita para não falhar,caso o super comece um confronto, ativem a Orbe de Contenção ou o matem.- Ordenou.- Está dispensado...

- Senhor...- O mesmo soldado prestou continência. Como uma repetição.

- Eu já lhe dispensei não?- O capitão o olhava sério. De repente a casa emitiu uma onda de poder transparente. A onde pegou toda a Zona Rural. Gaius, Lucila e Zak já haviam chego próximo, a onda passou por eles. A noite em um piscar de olhos se tornou meio-dia.  A temperatura começou a cair de 29 graus para 15. As plantações que uma vez estavam no ponto, agora já estavam estragadas.

- Senhor ?...- O soldado tremia as pernas e caia no chão. O capitão estava completamente imóvel. A base inteira congelou no tempo. Onde Lucila, Zak e Gaius estavam não havia parado. Mas estava céu claro, um sol não tão quente e um vento gelado. Todas as bússolas e pontos de relógios apontavam na direção da pequena casa de madeira.
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Seg Fev 15, 2021 3:39 pm
Lucila estava cansada e bastante dolorida, mas não ia se dar o luxo de dormir, tinha que testar seus limites ao máximo. Ainda assim aproveitou o tempo no carro para descansar e checar seus ferimentos e os de Zak. Conseguia perceber que os seus ferimentos eram piores do que os de Zak, mas ele não tinha um poder que o fortalecia com a dor. Gaius dirigia no banco da frente passando por uma avenida movimentada, tinham fugido no carro dele. Ele comenta que não ia poder ir para o hospital.

— Eu sei, percebi a uns dez minutos atrás pelo trajeto que está escolhendo. — Ela respondeu. — E você tem razão. Se tem algo que não muda é o quão manipuladores vocês no poder são. — Ela deu um sorriso irônico para o senador.

Carros da polícia passaram e o senador levantou os vidros, ele então começou a contar uma história de quando tinha sido sequestrado. No começo Lucila não deu muita atenção pensando ser só mais uma história qualquer de Gaius, mas isso foi mudando enquanto ele falava, ela conseguia perceber na narrativa e voz dele verdade. Quando ele comentou sobre a Elite de Caça e seus métodos Lucila sentiu a antiga raiva a inflamar, mas dessa vez não como um incêndio descontrolado e sim como uma fogueira que lhe dava energia e determinação. Gaius continuou e contou sobre uma missão que tinha recebido de uma super chamada de Profeta, sobre uma estranha interferência acontecendo em aparelhos eletrônicos e que pelo visto estava diretamente ligada a missão dele.

— Então foi isso que aconteceu... Acho  que te deve desculpas. — Ela disse coçando as cicatrizes em volta do olho esquerdo. — Eu nunca ouvi falar de um Luz da Manhã, e eu conheço vários super humanos. Bem, deixe Zak na casa dos seus amigos, eu vou com você.

Ela disse e fitou o senador, esperando se divertir com a expressão de surpresa dele. "É realmente engraçado, ainda não confio nele, mas acredito nos objetivos que diz ter. Certas histórias são realmente poderosas".

— Não vou mentir dizendo que estou aceitando ir por causa da sua história, embora acredite nela. Eu não sei por você, mas eu não estou satisfeita da caçada ter acabado em apenas um país, entretanto eu preciso de muito mais poder se quiser enfrentar o mundo inteiro, tanto poder quanto os Dez Anômalos tem, talvez mais. Eu não tenho esse poder ainda e vou agarrar qualquer chance de obtê-lo, estou aqui por isso.

Gaius colocou uma música no rádio e eles continuaram avançando até a Zona rural, até que uma hora o sinal do rádio começou a falhar. E então de uma hora para outra o dia amanheceu. "Uma ilusão? Espero que sim"

— Pelo visto estamos no caminho certo. — Ela comentou.

Gaius continuou dirigindo, pelo visto sabia para onde estava indo agora. Dirigiu até encontrar uma casa de madeira cercada por militares muito bem armados completamente paralisados, como se tivessem construído estátuas representando um cenário de cerco, o único ponto fora da curva era um dos militares que estava caído no chão e seu peito se movia, coisa que não acontecia com os outros. Olhou para cima e tinha um helicóptero congelado no meio do ar "Certo, isso definitivamente não parece só uma ilusão". Saiu do carro e foi direto em direção aos militares.

— Armamento grátis. O que vai querer, senador? — Disse indo até os militares paralisados e começando a pegar suas armas e equipamentos. Pegou um colete e vestiu, prendeu uma rifle de alcance nas costas, uma pistola, uma submetralhadora e uma faca na cintura com um cinto também roubado de um dos militares, que a calça caiu após ter o cinto roubado, e pegou um rifle de assalto como arma principal. Depois foi tirando de um a um todos os equipamentos e armas e juntando em um monte. — Eu duvido que eles vão ser amigáveis conosco caso voltem a se mexer, então é melhor que fiquem sem nada. — Usou seu poder para vomitar sangue fervendo em cima das armas e equipamentos os danificando. Deixou separado apenas o suficiente para Gaius e Zak usarem se necessário. E é claro que levariam isso com eles.

— Vamos solucionar esse mistério. — Disse indo em direção a casa.

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Seg Fev 15, 2021 4:15 pm
ZAK


     Zak acordava em um pulo, batendo a cabeça no teto do carro. O danificando. Colocou a mão esquerda sobre a cabeça a esfregando. 


- Onde eu... já amanheceu ? Quantas horas eu dormi ?- Abriu a porta do carro e saiu. Pisou em um solo gramado e podia ver grandes morros ao longe, árvores e plantações também.- Essa é a Zona Rural...


   Seus ferimentos já haviam secado. Alguns foram cuidados por Lucila. Não conseguia lembrar o que tinha sonhado. "Talvez eu esteja ficando louco." Enquanto olhava ao redor, presenciou um enorme cerco militar envolvendo uma casa de madeira. Colocou sua mão na boca ao ver aquilo. 


- O exército...espera aí...Lucila? Gaius?- Ele os via roubando as armas dos soldados.- Ei Lucila!- Gritou mas ela não deve ter escutado. Começou a caminhar até ela. 


  Enquanto andava em meio aos soldados. Via que todos estavam congelados no tempo. No céu, o helicóptero também estava parado. Nunca tinha visto algo do tipo. 
Caminhou mais um pouco até encontrar um soldado caído. Ele parecia paralisado no chão. 


- Hey...Hey... gente! Vejam isso...-Zak os chamava. Pegou uma camisa militar qualquer para vestir e se abaixou para ver o estado do soldado. 


- Ele quer que vocês vão embora...- Falava o soldado olhando para o nada no céu claro.- Ele quer ficar sozinho. Ele quer que vocês vão embora, ele quer ficar sozinho


- Ele quem? Quem está fazendo isso com você?- Perguntou Zak, o soldado caído paralisava de vez.- Merda! 


  Olhou Lucila por alguns instantes. Em seguida se levantou. Estava confuso, não fazia ideia do que estava acontecendo, será que era tudo um sonho ou um pesadelo ? 


- Olha...o que tá acontecendo? Que droga é essa ? Por que você tá toda armada ? - Um pequeno tremor e um som de ferro batendo em ferro era ouvido. O som vinha da direção da casa. Olhou para Lucila mais uma vez e caminharam na direção da casa. Ao abrir a porta de madeira, dentro da casa não havia nada, apenas um enorme buraco, a casa servia de disfarce. Um buraco que não dava para se ver o fundo.- É nós tentamos...vamos para casa.

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Seg Fev 15, 2021 7:02 pm
Gaius Drummond


Ao adentrarem nas zonas rurais de Andrômeda o rádio parou de vez, o celular também desligou sozinho e não ligava mais. Gaius começou a sentir uma sensação estranha, como se a presença de algo ou alguma coisa estivesse próximo. Avistou alguns carros militares e um helicóptero sobrevoando uma casa de madeira, decidiu procurar um local para estacionar ali próximo e investigar sobre o que se tratava aquele cerco. A noite então transformou-se em dia e a temperatura começou a cair. Não ficou muito frio, mas o clima visivelmente havia mudado.

– Pelo visto estamos no caminho certo. – disse Lucila.

- Acho que sim. Estou sentindo algo também, uma sensação que nunca senti antes. Deve ter relação com meus poderes.

Parou o carro próximo a uma árvore. Lucila foi primeria a descer. Gaius desceu logo em seguida e checou se Zak estava consciente, mas ele continuava adormecido. Chegando próximo ao cerco, a super notou que todos os militares estavam paralisados. O helicóptero no céu também parecia fluturar com suas hélices paradas.

- Que porra é essa... Seja lá o que estiver naquela casa, não aparenta ser algo pacífico - aproximou-se de um soldado mexendo em seu rosto para ver se o mesmo esboçava algum movimento mas ele continuou parado.

- Armamento grátis. O que vai querer, senador? - perguntou Lucila enquanto se armava até os dentes.

- Você parece conhecer melhor de armamentos. Me passe os mesmos equipamentos que irá usar.

A moça então entregou um colete e algumas armas. Depois vomitou seu sangue numa pilha de materiais do exército, deixando os militares desarmados. Zak então surge atrás dos dois, um pouco cansado e confuso, mas aparentemente bem.

- É um alívio ver você bem. Sei que nada vai fazer sentido pra você... explicar porque você está aqui com a gente é uma longa história. Na volta, se sobrevivermos, eu explico.

Lucila e Zak foram na frente com Gaius logo atrás. Um tremor de terra e um barulho de metal batendo em metal foi escutado vindo da residência.

- Lucila! - chamou cocando a cabeça e pensando em como iria dizer - Obrigado por me desculpar. Essa não é uma frase que eu tenho escutado nos últimos anos.

Abriram a porta da pequena casa de madeira e o que encontraram deixava a situação mais estranha ainda. Um grande buraco, onde não se via o fundo, preenchia quase todo o chão do cômodo. Sons estranhos continuavam vindo de dentro daquela abertura.

- Isto está parecendo o segundo filme do Harry Potter quando Harry e Rony encontram a entrada para a câmara secreta. - comentou aproximando-se da beirada. - Se formos descer vamos precisar de luz. Ali fora com os soldados havia algumas lanternas, acredito que dê pra usá-las tranquilamente. Então, alguém tem alguma idéia do que iremos fazer?

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Seg Fev 15, 2021 7:42 pm
"Obviamente não podia ser algo normal", ela pensou olhando o buraco sem fundo. Enquanto Gaius pensava no que seria necessário levar lá para a baixo ela pensava em como chegariam lá embaixo. "Eu consigo ir, mas não tenho força para sustentar os dois sozinha". Saiu da casa e procurou as lanternas que Gaius tinha citado, pegou quatro delas e voltou para lá dentro, entregou uma para cada e a quarta ela acendeu e jogou para dentro do buraco.

— Assim vamos ter uma noção mínima do tamanho dele. — Ela ficou observando por quanto tempo a lanterna iria cair lá dentro.

— Eu não tenho o direito de não desculpar alguém, senador. Acredito que não nos sobre muitas opções senão pular nesse buraco. Eu pensei em moldar meu sangue como patas de aranha e as prender nas bordas do buraco para descer, mas não sei consigo sustentar o peso de vocês dois fazendo isso. Não no meu estado atual. Eu tenho quase certeza que estou com uma hemorragia interna.

Ela disse levando a mão a barriga onde tinha levado o soco da garotinha demônio, a dor na região só vinha crescendo desde aquela hora.

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Seg Fev 15, 2021 8:03 pm
(Cenário)


  Sem muitos opções. O dia novamente voltou a ser Noite, mas uma noite nublada e trovoada.  A temperatura continuava baixa. Outro tremor mais potente pegou os 3 de surpresa. De repente o chão todo em um raio de 5 metros cedeu. Lucila, Zak e Gaius caíram no profundo buraco. Enquanto caiam, a escuridão não parecia chegar próximo e o céu não parecia se afastar. Os 3 começam a cair mais lento, e mais lento. A gravidade ali estava instável e o impacto no chão foi como cair de 1 centímetro. As tochas e solo gramado flutuam.  Um enorme corredor de ferro e luzes brancas levava até uma porta de aço com um símbolo de uma garça dourada. 
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Seg Fev 15, 2021 9:54 pm
ZAK


       O homem continuou a olhar o buraco por uns segundos até receber uma lanterna de Lucila. A pegou e acendeu apontando para o buraco que não parecia ter fim. Em seguida, Lucila jogou a lanterna que desaparecia na escuridão. 


-A gente tentou...- Dizia Zak. De repente o dia começava a virar uma noite nublada. - Que droga é essa ? 

  O chão começou a tremer e o trio caia e desapareciam na escuridão. Zak atingia o chão sem muita força apesar da queda. Seu peso parecia menor e seus passos o faziam flutuar. 


- Estou sonhando ou parece que estamos na lua ?- Pulou, chegando no teto e batendo com a cabeça mais uma vez, fingiu que não aconteceu nada.- Eu não recomendo pularem. 

   Seguiram pelo corredor iluminado até chegaram na porta com a Garça Dourada.  Zak estranhou o símbolo mas preferiu não falar nada. Ao abrirem a porta chegavam em uma espécie de antigo laboratório abandonado.  Estava escuro, haviam câmaras de água vazias e algumas quebradas. Em uma delas, borbulhava um jovem, ele estava nu, com a pernas dobradas como se estivesse agachado. Ao respirar dentro daquele tonel de água vermelha, um enxame de bolhas de ar subiam. 


- Foi ele quem enviou os sinais e danificou meu relógio ?...- Perguntou Zak chegando perto. Uma voz masculina falava como se estivesse em suas mentes. 


- "Violety eles me encontraram." - Disse a voz, de repente um tiro passa de raspão na bochecha de Zak e por cima da cabeça de Gaius. 


-Vão embora...não quero matar mais ninguém!- Violety com seus cabelos ruivos apontava uma arma para Zak e em seguida para Lucila e Gaius. 


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Seg Fev 15, 2021 11:45 pm
Gaius Drummond



Lucila foi até o lado de fora pegar as lanternas. Trouxe quatro consigo, entregou uma para cada um e a quarta jogou no buraco. Ela caiu com a luz indo de um lado para o outro, iluminando as laterais da cratera até sumir de vista.

A super comenta sobre uma possível hemorragia interna, colocando a mão na barriga, fazendo uma leve careta de dor, embora tentasse esconder. Gaius anda até a direção da garota indo colocar a mão sobre a dela, mas antes de falar algo o ambiente começa a mudar novamente. Desta vez o Sol desaparece e um breu cobre o céu, a luz de relâmpagos entram pela janela. Um outro estrondo se escuta e o chão começa a abrir mais e mais, engolindo Gaius, Zak e Lucila. Eles caem na escuridão. Aos poucos, a queda começa a ficar cada vez mais devagar até chegar a um ponto que pareciam flutuar e então tocam o solo, como se tivesse caído menos de 10 cm no chão.

Gaius levanta limpando seu blazer, certifica-se se todos estão bem. O local onde estavam tinha um ar diferente. Tudo parecia mais leve, como se a gravidade ali fosse menor. Um grande corredor metálico se encontrava diante deles com uma porta no final. Havia algum símbolo desenhado nela, mas a distância dificultava enxergar o que era.

- Estou sonhando ou parece que estamos na lua? - perguntou Zak, pulando. Seu corpo flutuou, batendo com a cabeça no teto - Eu não recomendo pularem.

- É melhor a gente não tocar em nada por enquanto - complementou Gaius - Pode ter algum tipo de armadilha nesse lugar.

Os três caminharam em direção a grande porta de metal. Estava trancada. O desenho agora era visível, uma garça dourada.

- Acho que nós morremos, gente. - brincou mesmo estando naquela situação - Ao passarmos dessa porta iremos reencarnar e uma linda cegonha levará nossos novos corpos bebês até nossa família, vejam só o símbolo talhado. E eu nem consegui a presidência...

Tentaram abrir a porta, porém não obtiveram sucesso. Não se mexia nem puxando, nem empurrando. Gaius então estendeu suas mãos em direção a fechadura e as trincas. Uma por uma, todos começaram a desmontar em pequenas peças. Fez um movimento como se puxasse algo e em seguida a porta se abriu devagar. Deixou escapar um sorriso bobo.

Entraram no cômodo e se depararam com uma espécie de laboratório científico abandonado. Havia computadores, frascos com líquidos, equipamentos desconhecidos e grandes câmeras com água. Algumas intactas e outras quebradas, como se fossem utilizadas para conservar algo. Ao explorarem mais o local, Zak encontra umas destas câmeras sendo utilzada. Um jovem, magro e nu, com os joelhos dobrados. Estava vivo, pois respirava criando centenas de bolhas de ar vermelhas.

- Violety, eles me encontraram - disse o jovem fazendo mais bolhas subirem pelo líquido no qual estava. Todos se assustam e dão um passo para trás. Um tiro é ouvido. Um projétil passa de raspão na bochecha de Zak e próximo a cabeça de Gaius.

- Vão embora...não quero matar mais ninguém! - Por entre uma das câmeras surge Violety, com seus cabelos vermelhos. Apontava uma arma para os três invasores. A imagem da menina ensanguentada agonizando volta à mente de Gaius. O senador pisca rapidamente duas vezes para sair da visão que estava tendo. "Como é possível ela estar viva?".

- Tenha calma, Violety! - Estende novamente sua mão direita e o revólver da garota super passa rapidamente para a mão de Gaius. Se coloca na frente de Zak e Lucila. - Nós recebemos o seu chamado. Viemos ajudar.

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Ter Fev 16, 2021 12:46 am
O chão desmoronou e eles despencaram juntos, mas no meio da queda começaram a desacelerar e quando chegaram no chão pousaram leves como plumas. Estavam em um grande corredor onde tudo parecia ser mais leve e flutuar um pouco, como se a gravidade tivesse mudado de alguma forma, no fundo uma porta com algum símbolo desenhado.

— Estou sonhando ou parece que estamos na lua? — perguntou Zak, pulando. Seu corpo flutuou, batendo com a cabeça no teto — Eu não recomendo pularem.

— É melhor a gente não tocar em nada por enquanto — complementou Gaius — Pode ter algum tipo de armadilha nesse lugar.

— Se tiver nós estamos mortos. Nenhum de nós tem a menor ideia de como SAIR daqui. — Lucila finalizou.

Andaram pelo corredor em direção a porta. A porta tinha um pássaro em dourado desenhado, uma garça. Gaius fez uma piada com a situação.

— É uma garça, não uma cegonha. Representam iluminação e transcendência, o dourado também. Se esse é o pós vida pelo menos fomos para o céu. — Lucila respondeu.

O senador foi até a porta e tentou abri-la sem sucesso, depois usou seu poder para desmontar a tranca da porta que enfim abriu. Atrás da porta uma sala cheia de computadores, tubos de ensaios, microscópios, placas de petri, câmaras cheias de água e outras quebradas e vários pequenos itens comuns a laboratórios. Lucila atiçou sua curiosidade e observou melhor as mesas, as paredes, as câmaras de água e procurou qualquer coisa escrita que pudesse encontrar ou que a ajudasse a identificar quem tinha criado aquela estrutura e a quanto tempo. Encontrou em algumas mesas a bandeira de Venuzia "Foi Venuzia que criou esse lugar, a questão é quando e para que?", foi até as câmaras de água, em sua base tinham textos de identificação e fabricação "Sim, com certeza isso era de Venuzia..." procurou por uma data de fabricação e encontrou "20 anos atrás? Então..."

Ficou em suas conjecturas até que ouviu o barulho de um tiro. Lucila demorou a reagir ao tiro, seus reflexos prejudicados pelos ferimentos e pela concentração em suas ideias, olhou em direção a Gaius e Zak que estavam em frente a uma câmara que, diferente de todas as outras, estava sendo usada por um homem e uma mulher armada parecia o proteger. Gaius tomou a frente antes de poder fazer qualquer coisa e  disse.

— Tenha calma, Violety! — E usou seu poder para tirar a arma de Violety — Nós recebemos o seu chamado. Viemos ajudar.

"A garota que ele viu morrer? Transcendência, câmaras que parecem perfeitas para cultivar pessoas, uma mulher morta voltando a vida milagrosamente... Clonagem talvez? Não, teria buracos demais..."

— Talvez não tenha sido ela que fez o chamado, Gaius. — Lucila disse. — Se fosse ela quem fez o chamado seria razoável que ela no mínimo soubesse que estávamos chegando e então ela não reagiria assim. De qualquer forma, não acha esse lugar curioso? Ele parece muito ter sido feito para experiências envolvendo a vida, e vida humana, e parece estar no espaço. E o que veio do espaço e alterou para sempre a raça humana?

Ela disse, sem concluir o pensamento para instigá-los.

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Ter Fev 16, 2021 1:03 am
Violety


  A menina não conseguia reagir. Perdia o revólver para Gaius. De repente, uma onda de poder saia do jovem que dormia na câmara de água. As armas de Gaius, Lucila e Zak se transformavam em bolhas de sabão, os deixando apenas de colete. 


- Gaius...- Violety chorava, não por vê-lo, mas por estar sofrendo. ...Eu não aguento mais...eu não aguento mais...

   A menina se abaixou. Apertava a própria cabeça. Soltou um grito e voltava a chorar. 


- Ele tá na minha cabeça...eu não aguento mais segurar ele...- Violety ficava de joelhos e com as duas mãos no chão.- Eu preciso...proteger o meu irmão...

 -"Violety... conte a eles."- Uma voz masculino parecia surgir de dentro dos pensamentos de todos ali. 
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Ter Fev 16, 2021 11:18 am
Gaius Drummond


Os questionamentos de Lucila eram importantes e levantavam e deveriam ser respondidos. O que seria aquele lugar? Qual sua verdadeira finalidade? Quem era o rapaz preso no laboratório? Uma onda de poder proveniente da câmara se expande pelo cômodo e transforma as armas que haviam saqueado em bolhas de sabão.

- Gaius...- Violety começara a chorar - ...Eu não aguento mais...eu não aguento mais... - Abaixou-se com as mãos na cabeça e soltou um grito, soluçando.

- Não baixem a guarda - cochichou para Lucila e Zak - Fiquem atentos a qualquer movimento neste lugar. Deixem que eu falo com ela.

Gaius aproximou-se mais de Violety, ainda sim mantendo uma distância segura. Agachou-se e obeservou a menina chorar.

- Ei pequena, não chore. Precisamos saber o que está acontecendo - começou com uma voz calma para tentar consolar a garota.

- Ele tá na minha cabeça...eu não aguento mais segurar ele...- Violety ficava de joelhos e com as duas mãos no chão. - Eu preciso...proteger o meu irmão...

 -"Violety... conte a eles". - uma voz masculina inavdiu a mente de Gaius.

- Violety - continuou - Nós estamos aqui para ajudar, mas primeiro precisamos de explicações... Quem é seu irmão? O que é este laboratório e pra quê? E como você sobreviveu? Eu vi você cair e... - fechou os olhos pra tentar não imaginar a cena novamente - Só conte pra nós, por favor.

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Ter Fev 16, 2021 12:27 pm
Violety


  Após um tempo tendo uma crise. A menina começa a respirar mais aliviada. Olhou para o senador e logo se levantou o deixando sozinho ali. Segurou ambos os cotovelos se abraçando. Em seguida virou-se para o trio. 


- Eu vou contar...do começo...-Limpou uma lagrima que escorria pelo rosto. Andou até o tubo de vidro onde estava aquele jovem e colocou a mão. - Ele é meu irmão...e esse lugar é um antigo laboratório da Garça Dourada...

   - 20 anos atrás -


   O laboratório estava novo. Vários médicos e cientistas andavam de um lado para o outro. Mexiam com tubos de ensaio e verificavam amostras pelo microscópio. Em quanto trabalhavam, um homem, alto, de blazer branco com uma Garça Dourada nas costas estampada e um broche do mesmo animal no peito, andava entre eles. Seus cabelos eram castanhos, jogados para o olho direito e raspado pelo lado esquerdo. Enquanto ele passava, uma mulher toda de branco vestindo um jaleco e segurando uma planilha o acompanhava.


- Senhor Marche, temo que as Garças estejam cada vez mais...- A moça de cabelos ruivos e óculos é interrompida por um rugido amedrontador. 


- Não se preocupe doutora, as Garças logo irão para o incinerador. 

- Mas...e a cura que estávamos desenvolvendo...não acha melhor...

- Doutora... o cometa passara daqui 15 anos...até lá, essas criaturas...ou já nos mataram, ou morreram pela mutação. - O homem sorri e andou até uma porta fechada com senha de digito. O homem abriu e entrou em seu escritório. A mulher o seguiu. 


- Mas senhor, meu marido...foi voluntario do Projeto Garça e agora ele...está lá...esperando a cura ser desenvolvida e eu não posso simplesmente descarta-lo como um teste que deu errado...

- Ele foi um teste que deu errado, e se não me falho a memória, os dois assinaram um contrato de óbito. Então na teoria...ele está morto. - Marche puxou sua poltrona de luxo estofada em couro bege. - Alias senhora Rude, eu soube que está gravida...

- Não...- A mulher se levantou e logo era segurada por dois homens.- NÃO! NÃO!!! 

- Não se preocupe senhora Rude...os bebês recém nascidos reagem melhor ao Dourado. 

    Os homens a arrastaram pelo laboratório e a colocaram amarrada em uma maca. Ela se debatia de desespero enquanto chorava. Marche chegou próximo a ela e acariciou a testa da mulher. 


- Vão vir me procurar...eles vão vir e seu esquema...vai acabar!

- Como ? Você esta morta...- O Homem deu um sorriso cínico. 


- NÃÃÃÃO!- A mulher gritou até recebem uma dose de anestésico, em pouco segundos seus gritos pararam e ela dormiu. 


- 5 ano depois - 


   Rude estava sentada em frente a uma pizzaria. Usando trapos, fazendo um gesto pedinte. Algumas pessoas deixavam um pedaço de pizza com a mulher, ela estava com um bebê no colo, a criança estava faminta. Enquanto isso, no laboratório subterrâneo, muitos estavam na volta do único hospedeiro que deu certo, o analisavam 24 horas por dia, todos os dias desde o seu nascimento. Um pequeno garoto dentro do frasco de água vermelha, os outros, estavam ocupados por seres deformados, sem formas, sem expressões.  


- Senhor Marche, se tudo der certo, teremos um Super-Humano antes do cometa 869 passar. - Uma cientista estava toda sorridente passando a informação para o homem, ele se aproximou o vidro e o tocou. 


- Quando o cometa 869 passar, ele vai ter o poder que demos a ele...mais o poder do cometa...ele será o ser mais poderoso que todos e com ele...usaremos para dominar o mundo...- Marche sorria. De repente a criança dentro do frasco abre um dos olhos e uma voz na cabeça deles dizia: Eu não serei uma arma...


- Vocês ouviram ?- Todos começam a se olhar, assustados, admirados e até impressionados. Marche começou a dar uns passos para trás. As luzes começaram a piscar e tudo começou a tremer. 


- Alerta Vermelho...ALERTA VERME...- A cabeça do Marche explodia. De repente todos os frascos começam a quebrar. As portas e fecham e se trancam. Um tumulto começou, derrubaram equipamentos, alguns eram pisoteados, um aglomerado de pessoas batiam na porta. Aqueles seres deformados começaram a se mexer, um por um eles começam a se tornarem pessoas fora dos frascos. Gritos, muitos gritos começam a ecoar de dentro do laboratório. 


-Hoje-


- Eles usaram a minha mãe e meu irmão de cobaias.- Dizia Violety ainda olhando o jovem na câmara de água.- Eu enviei o sinal para Gaius...A Profeta me disse para não enviar...mas eu estava com medo e sozinha, os militares tinham achado o meu irmão e...naquele dia antes de eu ir te buscar Gaius...a profeta me revelou que ela morreria aquele dia e que eu deveria vir para cá assim que acontecesse, no momento em que os guardas entraram...

- Fabrica Halley- 


  Tiros, pessoas caiam no chão mortas. Muito sangue e gritos começaram a ecoar a antiga fabrica. A Profeta havia levado um tiro certeiro no coração.


- NAAAAAAO!- Violety gritou, ao ver que dois homens miravam para ela, ela se concentrou em seus poderes e disse:  Eu levei dois tiros e morri... 

   De repente, todos da sala, tiveram a ideia de que Violety havia levado dois tiros e morrido. Após a confusão toda. A menina se levantou do chão, se arrastou até o corpo da profeta e chorou sobre a mesma. 


- Eu vou...terminar o trabalho...eu prometo...- A menina beijou a mão da mulher morta e saiu da fabrica. 


 - Dias depois- 


  Violety estava jogando xadrez em frente a câmara de água. Ela mexia o cavalo para a esquerda, sozinho, sem ninguém tocar, o bispo derrubou o cavalo de Violety. 


- Okay...você é muito bom no Xadrez.- A menina sorria. Mesmo que o jovem não estivesse acordado, a consciência dele estava ali. Já haviam se passado alguns dias desde o massacre. Violety andava de um lado para o outro. -  Eu preciso falar com ele...

  A menina tirou de sua bolsa um antigo rádio de comunicação. Ligou, puxou a antena e tentou falar algo, para qualquer pessoa. 


 Oi...alguém ? Eu preciso de ajuda por favor...- Sabia que ninguém receberia a mensagem. 


-"Eu ajudo você irmã"- Uma voz masculina, veio da cabeça de Violety. De repente uma onda de poder saia do jovem e se espalhou por toda zona rural, a onda de poder bateu contra a porta de ferro que ecoou um som metálico pelo enorme buraco. No céu, fora do laboratório, um avião perdia seus motores e caia. 


 Alô...alguém pode me ouvir ? Eu preciso de ajuda...é o 869...ele tá vivo, por favor, alguém? É o 869...- A menina então joga seu rádio para longe e em seguida pega seu celular.- A profeta me disse para não usar mas...eu preciso...


    Ela escrevia uma mensagem para Gaius e enviou. Ficou preocupada se alguém poderia rastrear. 


-"Deixe comigo irmã." - O celular de Violety simplesmente desapareceu. - "Pronto...ninguém vai rastrear você." 


-Hoje-


- 869 é o número de tentativas, meu irmão foi o esse número até acontecer aquilo...eu preciso proteger ele, Dris e os Anômalos estão atrás dele, na tentativa de despistar eles...Billy...um dos 10...se infiltrou na minha cabeça...agora...ele tá me vigiando...meu irmão bloqueia ele mas as vezes ele volta...e eu ...não aguento mais...-A menina quase chorava novamente. 
Gaius Drummond
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O mistério do 869 Empty Re: O mistério do 869

Ter Fev 16, 2021 11:10 pm
Gaius Drummond


Violety explicava todo o ocorrido, desde o início, entretanto a cada nova explicação uma outra pergunta surgia. Era muita informação para processar. Aquele lugar, inaugurado há mais de vinte anos, usado milhares de vezes para experimentos científicos antiéticos. "Qual a participação do Governo nisto tudo? E se não tinham participação direta, até onde sabiam? Quem de fato é Marche?" Questionamentos como estes começaram a surgir na mente de Gaius. Em um primeiro momento, quando Violety ainda terminava a história, pensou em contar para a Presidente Emma. Porém como confiar em alguém que escolheu uma estranha para um cargo tão importante ao invés de um aliado do próprio partido? Quanto de dignidade ainda havia em Garden? Uma mulher que se acovardou quando o país mais necessitava dela. Venuza estava a deriva e se ainda tinha um comandante, respondia pelo nome de Sarah Blake. Até onde confiar na nova administradora? A Profeta... Qual o sentido disso tudo? E Luz da Manhã, onde estava? Talvez devesse dar meia volta e ir embora. Voltar para seu gabinete ou para sua mansão, para o corpo de Mônica. Ter sua vida de volta. Não essa vida, mas a real, a vida que sempre teve. Era um Senador da República, tinha uma vida regada a luxo, com reuniões cansativas que duravam horas, discussões no plenário, propagandas, marketing digital e fotos com desconhecidos para ganhar votos. Estava tão perto do Executivo, e onde veio parar, no laboratório subterrâneo e secreto da Garça Dourada... O que diabos é Garça Dourada? Talvez fosse um castigo divino? Uma punição por seus pecados? Perguntas, perguntas e mais perguntas... Onde estão as respostas?

Gaius se levanta e começa a andar em círculos, balançando a cabeça em sinal de negação. Olha nos olhos de Lucila e Zak procurando uma reposta, pois não sabia o que dizer. O semblante que os dois esboçavam era de estarem mais perdidos ainda.

- Então... este é seu irmão? Tem como tirá-lo daí? Por que chamar a gente se... Droga, Violety! - Coloca as duas mãos na cabeça - Como acha que podemos te ajudar? Veja nosso estado! Um político que até uns dias atrás tinha uma vida totalmente normal, um cara que estava desmaiado agora a pouco e uma garota que acabou de levar uma surra da porra de uma Anômala. Tem que haver um outra opção, Violety.

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O mistério do 869 Empty Re: O mistério do 869

Qui Fev 18, 2021 9:41 am
Violety


   A menina balançava a cabeça em negação. Em seguida abraçou o tonel de água onde estava seu irmão. 


- Eu não posso abando-lo. Infelizmente, 869 não vive fora dessa câmara de água. - Secou algumas lágrimas.- Eu preciso protegê-lo, muitos já tentaram mata-lo e eu não posso deixar isso acontecer, já basta o que fizeram com minha mãe. Eu cresci nas ruas por causa dos Garça Dourada. 

- E o que nós podemos fazer para ajudá-la ?- Perguntou Zak com uma das mãos no abdômen, o impacto do soco de Skyle ainda doía profundamente. 


- Eu não sei...eu estava desesperada...mas Gaius...eu acho que meu irmão pode te ajudar...a encontrar o que você procura...- Violety encarou o jovem desacordado.- Por favor...pode encontrar o Luz da Manhã? 

   Tudo ficou em silêncio. Uma onde de poder transparente começou a emanar da câmara de água. Uma enorme redoma de poder começa a envolver Andrômeda. 


- "O Luz da Manhã está no píer. Sua alma foi devolvida para seu corpo mas está muito exausto para fugir da jaula que o prenderam...seja rápido Gaius...se Agnes descobrir que ele voltou, pode ser o fim."- A voz do jovem era escutada telepaticamente. - "Gaius... enquanto eu estiver vivo...Agnes não conseguirá te encontrar...nenhum de vocês..." 


 Violety soltava um breve sorriso. Mas logo voltava a se sentir sozinha. Sem dizer nada, ela se sentou em frente a Câmara de água. 


- Quando estiverem prontos, meu irmão levará vocês de volta para suas casas.- De costas para eles, a menina estava cabisbaixa, mas sabia disfarçar a voz. 


- Pronto...-Dizia Zak, que logo em seguida começou a desaparecer até sumir por completo.- Gente... espera...- Olhou para Lucila.- A gente se vê , irritadinha...
Lucila Milus
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O mistério do 869 Empty Re: O mistério do 869

Qui Fev 18, 2021 2:00 pm
Antes que pudesse responder ao eletrizado, ele já tinha sumido. "Tantos segredos, tantas mentiras. Até onde teremos de chegar para desmantelar todo esse esquema?"

— Certo, estou pronta também. Até mais tarde, senador.

E desapareceu no ar. Reapareceu na Zona Rural, estava de noite. Ela puxou o celular e viu o horário e as mensagens. "Então funcionou" ela sorriu "Tenho que me arrumar para a reunião, ainda da tempo de chegar"
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